Como os microplasticos atingem nosso sistema respiratório?
Com estudos recentes tendo estabelecido a presença de partículas nano e microplásticas nos sistemas respiratórios de populações humanas e de aves, um novo estudo da Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS) modelou o que acontece quando as pessoas respiram diferentes tipos de partículas de plástico e onde acabam.
A equipe de pesquisa usou a dinâmica computacional de partículas de fluidos (CFPD) para estudar a transferência e deposição de partículas de diferentes tamanhos e formas, dependendo da taxa de respiração.
Os resultados da modelagem, publicados na revista Environmental Advances, identificaram pontos de o no sistema respiratório humano, onde as partículas de plástico podem se acumular, na cavidade nasal, na laringe e nos pulmões.
Os principais tipos são fabricados intencionalmente, incluindo uma grande variedade de cosméticos e produtos de cuidados pessoais, como pasta de dente.
Os secundários são fragmentos derivados da degradação de produtos plásticos maiores, como garrafas de água, recipientes de alimentos e roupas.
Extensas investigações identificaram os têxteis sintéticos como uma das principais fontes de partículas de plástico transportadas pelo ar, enquanto o ambiente externo apresenta uma infinidade de fontes que abrangem aerossóis contaminados do oceano para partículas originárias do tratamento de águas residuais.
A modelagem da equipe descobriu que a taxa de respiração, juntamente com o tamanho e a forma de partículas, determinada onde no sistema respiratório as partículas de plástico seriam depositadas. As taxas de respiração mais rápida levaram a uma maior deposição no trato respiratório superior, particularmente para microplásticos maiores, enquanto a respiração mais lenta facilitou a penetração mais profunda e a deposição de partículas nanoplásticas menores.
Referência:
Xinlei Huang, Suvash C. Saha, Goutam Saha, Isabella Francis, Zhen Luo. Transport and deposition of microplastics and nanoplastics in the human respiratory tract. Environmental Advances, 2024; 16: 100525 DOI: 10.1016/j.envadv.2024.100525
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in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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